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O Curso de Engenharia Naval e Oceânica
O Curso de Engenharia Naval iniciou-se no Instituto Superior Técnico (IST) em 1980/81, como uma evolução natural dos cursos de especialização que funcionaram de 1976 a 1980, no âmbito da Reitoria da Universidade Técnica de Lisboa, então sob a designação de Engenharia de Construção Naval.
O arranque destes cursos de especialização coincidiu com a fase inicial da exploração da Setenave, altura em que se verificou a necessidade de um grande número de engenheiros navais para o seu adequado funcionamento. Este facto foi determinante para que um conjunto de estaleiros nacionais dessem o seu apoio ao início dos cursos. A Armada prestou uma importante contribuição a esta iniciativa, tendo alguns dos seus Engenheiros Construtores Navais assegurado o ensino das matérias da especialidade.
Em 1980/81 iniciou-se no IST a Licenciatura em Engenharia de Construção Naval com a duração de 5 anos, a qual veio substituir os cursos de especialização que entretanto foram suspensos.
Em 1988/89 deram-se passos no sentido de uma maior individualização da licenciatura, promovendo-se uma reestruturação curricular. Esta reestruturação, ao alargar o âmbito do ensino da licenciatura, também alterou a sua designação de Engenharia de Construção Naval para Engenharia Naval.
Em 1991 foi criada a Secção Autónoma de Engenharia Naval, unidade académica do IST responsável pela Licenciatura em Engenharia e Arquitectura Naval em Portugal.
Em 1999/2000 entrou em funcionamento um novo plano de estudo que proporcionou uma melhor adaptação do curso às evoluções do mercado. Para isso foram criadas três especializações: Projecto e Construção Naval, Máquinas e Sistemas Marítimos, e Transportes Marítimos e Portos, sectores onde são necessários de engenheiros com formação especializada a que esta licenciatura pode dar resposta. Limitações de corpo docente e de alunos levaram a que o perfil de Máquinas e Sistemas Marítimos não chegasse a funcionar.
Entretanto, o perfil de Projecto e Construção Naval e foi ajustado, tendo sido reforçado o ensino da modelação do ambiente marinho, automação e controle e a gestão de projectos.
Em 2002/2003 a designação do curso passou a ser Licenciatura em Engenharia e Arquitectura Naval, por forma a reflectir a importância da Arquitectura Naval na licenciatura, já que se trata da área científica mais importante da mesma.
Em 2006, na sequência da implementação do Acordo de Bolonha, foram criados dois ciclos de estudos, um primeiro correspondente a uma Licenciatura em Ciências de Engenharia – Engenharia e Arquitectura Naval, com duração de 3 anos, e um segundo correspondente a um mestrado em Engenharia e Arquitectura Naval com duração de 2 anos.
Em 2017, dando seguimento à importância de dar resposta às necessidades do mercado, nomeadamente na exploração dos recursos energéticos do mar foi criado um novo perfil vocacionado para os Sistemas Oceânicos, ajustando-se simultaneamente a designação do curso para Engenharia Naval e Oceânica nos 3 ciclos de estudo.
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